Aqui as estrelas caem
Mas aqui não pousam....
Sempre mudam de lugar.

Brilham de corpo a corpo!

Um grande mar atômico,
de amor plâtonico...

Cheio de mágoas!
Grandes feéricos!
Brigas com estrépito!

No grande timbre
que causa
Ao chegar no peito.

Escorre pelo corpo,
Como leite ao leito

E a dor estigma...
...De grande malícia
Na faze dois a dois,
Que nunca termina.

Destino:Cativo
Obliqüo,
Ambigüo...
Destino aflito!

Que me assegura
que me acolha
Em dias de pranto
que eu só canto

Destino:
Com porre de vinho!
Que me lava
E me salva!

Destino...
Sem rumo,
Trança- me
No seu túmulo

Sua ausência

Ainda que sua ausência,
permaneça em todo lugar.
Comprometa minha falência,
Pois,sua presença eu vou guardar.

Faça-me um belo moço.
Porque não me viu crescer.
Livrai-me do osso.
Quero contigo falecer!.

Ainda que tarde,
Minha alma arde:
de amor,
por saudade.

Amai-me ainda de longe!
Intercedei-me por toda a vida.
Que esta me foge.
Essa...está perdida.

Haicai I

Tempo de verão,
Chuva de outono,lá fora
E lábios chorando

Não jogue bolhas de sabão
Nos pecados que cometer.
Chore eles,resmungue-os
Apenas,deixe-os viver.

Pois,nem todo pecado é crime.
Mas,nem todo pecado é arte.

Viva a gula da luxúria
Não da vaidade,
de não cometê-los.
-Claro,sem apelos!